19 de fevereiro de 2013

Pastores Infiéis, ai de vós!


Quem disse que Deus dorme no ponto? Ele tem uma mensagem toda especial para os pastores que andam em uma vida irregular diante dele, cometendo vários erros ministeriais, prejudicando a sua noiva, a igreja. O noivo vem, com toda a sua glória, e irá punir aqueles que afligiram e se aproveitaram de sua noiva. Estudemos as palavras do Senhor, através do profeta Ezequiel, em Ez. 34.1-10:

1) Pastores que apascentam a si mesmos:

 "Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?" (v. 2). O primeiro alerta do Senhor é contra aqueles pastores que pastoreiam apenas a si mesmos. Estão à frente de um ministério, mas não se preocupam com suas ovelhas. - Dizem não ter tempo pra aconselhamento. - Não participam de um evangelismo. - Não visitam os pobres e necessitados. - Não visitam os membros de sua igreja. - Somente se preocupam consigo mesmos. Ai de vós, pastores egoístas. O Senhor te pergunta: Não deveriam estar apascentando as suas ovelhas?

2) Se enchem do dinheiro, e dos benefícios materiais da casa de Deus:

"Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas." (v.3). Estes pastores, são raças más. Ou se consertam ou vão para o inferno, lamento.Eles engordam com os bens da igreja. Vestem-se de lã, ou seja, dos melhores ternos, dos mais caros. Compram bens com o dinheiro da igreja, com o alto salário oferecido pelos humildes membros, mas não apascentam as ovelhas. Observe como Deus está preocupado com sua noiva. Ele mais uma vez repetiu, o pastor deve priorizar apascentar a igreja. Muitos pensam apenas no crescimento financeiro da igreja. A igreja se torna uma igreja rica, com poltronas confortáveis, ótimos instrumentos musicais, perfeita infra-estrutura... Mas não apascentam as ovelhas!

3) Tipos de ovelhas carentes, que os pastores devem estar voltados e atenciosos:

"As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza." (v. 4).

- Ovelhas fracas: "as fracas não fortalecestes" Muitas vezes alguns crentes se enfraquecem na fé, precisam de uma ajuda do mais forte, precisam de uma injeção de ânimo. O pastor tem unção e força para ministrar renovo, e até carregar no colo a ovelha enfraquecida.
No versículo acima Deus fala que os pastores infiéis esqueceram as ovelhas fracas, não as fortalecendo.

- Ovelhas doentes: "a doente não curastes" O crente doente precisa de cura; a cura espiritual e a cura física. O pastor deve estar atencioso e voltado para esse tipo de ovelhas. O doente espiritual precisa ser esclarecido, e liberto das chagas do mal. O doente físico, precisa ser ajudado pela igreja, até muitas vezes com remédios, se necessário. Não sejamos hipócritas. Precisamos cuidar das ovelhas doentes, conforme disse o profeta.

- Ovelhas quebradas: "A quebrada não ligastes:" Isso é profundo. Penso que o Espírito Santo pode usar de meios tremendos para quebrar (quebrantar) o coração da ovelha, mas é necessário uma ministração especial do pastor, para fazer essa pessoa apresentar o seu pecado, e arrependimento, diante de Deus. Quando o pastor deixa a ovelha de lado, muitas vezes ela se quebranta, mas não encontra coragem e força para prosseguir na caminhada, se consertando na presença de Deus.

- Ovelhas desgarradas: "a desgarrada não tornaste a trazer". Ao deixar as ovelhas abandonadas, muitas se chateiam, se escandalizam, e se afastam da casa de Deus, e até da presença de Deus. Se tornam ovelhas desgarradas, soltas; presas fáceis para Satanás. O pastor fiel deve trazê-la de volta, mas o pastor infiel, citado pelo profeta, não as trouxe de volta.Eu vi isso pessoalmente, e conheço muitas ovelhas desgarradas. Ai de vós pastores infiéis; descuidaram com a noiva do Cristo. Ele virá, com justiça e amor, porém punirá aos infiéis. Corrija-se!

- Ovelhas perdidas: "e a perdida não buscastes". A ovelha abandonada, maltratada ou ignorada, se perde. Fica sem direção. Conhecemos a parábola bíblica, das 100 ovelhas. O pastor fiel deixa as 99 em lugar seguro, e corre em busta da única ovelha que está perdida. Deus é individualista, e quer salvar um por um. O pastor infiel não buscou a ovelha perdida, mas Deus nos dá um bom exemplo: "Ovelha perdida, para Ele, é prioridade".

4) Pastores infiéis dominam com rigor e dureza:

No final do versículo 4, o profeta de Deus diz que o pastor infiel domina suas ovelhas com RIGOR e DUREZA. Não age com amor, mas prioriza a doutrina. Não age com carinho, mas prioriza a punição. É jugo pesado, é fardo cansativo. A ovelha não suporta tal agressividade. Vi um dia na televisão, a cena de um pastor andando de Jet Ski, em uma mini praia, dentro de sua casa. Achei muito legal, tive até vontade de mergulhar! Só tem um problema: - Este pastor, é o mesmo que proíbe que suas ovelhas nadem em piscinas, vejam televisão, e usem roupas de praia. Certamente este está engordando com a gordura do templo, mas não apascenta as ovelhas!

5) As ovelhas acabam se espalhando, tornando-se prezas para Satanás e seus demônios:

"Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam." (v. 5). Observe o versículo acima. As ovelhas cansaram deste destrato, jugo pesado; e se espalharam. Conseqüência disso se tornaram pasto para as "feras do campo". Entendemos claramente, que da mesma forma que os crentes são considerados ovelhas, os demônios são as feras do campo. Eles estão ao nosso derredor, buscando a quem possa tragar. Ovelhas abandonadas, vão para o mundo. No mundo, o diabo as pega. Ele não quer mais oferecer propostas ao crente desviado. Ele quer destruir, matar. Ele sabe que a ovelha perdida conhece a verdade, e jamais poderá ser uma "serva do diabo". Por isso ele coloca enfermidades, provas, lutas, etc. Esta ovelha, por estar enfraquecida espiritualmente, em crise, magoada, chateada, escandalizada...
 Torna-se isca fácil para o diabo. O sangue de JESUS tem poder! Mais uma vez, Deus reclama o descuido com suas ovelhas: "As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse." (v. 6). Observe, que há crente afastado em todos os montes, todo alto outeiro. Monte parece refúgio. Tudo indica que esse crente está refugiado, está bem, até dentro da igreja. Mas há tempos estão desgarrados. Como diria uma música gospel: "estão perdidos na casa do pai". Ninguém as buscou!!!!!!

6) Deus não dorme no ponto. EIS A SUA JUSTIÇA contra os pastores infiéis:

"Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas; Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto." (versículos 7-10) Assim disse o Senhor! Não preciso falar mais nada

Pr. Ricardo Ribeiro
Fonte: www atosdois.com.br

15 de fevereiro de 2013

A Origem Da Quaresma e a Biblia


A Origem Da Quaresma e a Biblia | Noticia Evangélica Gospel

Propomos aqui um estudo diferenciado, entre os muitos disponíveis nos livros e revistas. Ele tem duas linhas de apresentação. Primeiramente, vamos falar sobre a base histórica da Quaresma e da Páscoa que a Bíblia apresenta. Em segundo lugar, apresentaremos alguns elementos do amplo e variado campo semântico da teologia da Quaresma e da Páscoa. Foram escolhidas, aqui, algumas palavras que são estreitamente relacionadas à celebração da Páscoa desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento. O objetivo deste estudo é equipar o seu estudo bíblico para esses dois períodos litúrgicos, bem como enriquecer a sua prática pastoral.


Contexto histórico

Embora seja certo que a ciência e a fé devam andar de mãos dadas, é preciso afirmar que estas duas grandezas possuem diferentes campos de atuação. A ciência trabalha com a racionalidade e a fé gira em torno da revelação de Deus na história. Assim, o/a estudante da Bíblia deve ler a Escritura Sagrada com os olhos da razão e da fé, sem receio de ser impedido/a de compreendê-la.
Israel se constituiu, como povo, em meio ao desmantelamento do período do Bronze e a chegada do Ferro, no Antigo Oriente Médio (século XIII a.C.). O povo, mais tarde chamado Israel, teve sua origem entre os grupos de pastores semi-nômades. As figuras que fazem parte da pré-história dos israelitas - Abraão, Isaac. Jacó, Moisés, entre muitos outros - foram pastores que viveram na periferia, isto é, nas estepes da terra de Canaã. Aqui, faz-se necessário uma explicação: Israel não é nômade, pois não faz uso de camelos, mas ele é semi-nômade, pois vive da criação de carneiros e ovelhas.
Israel teve sua origem na Mesopotâmia, via Harã e Aram. A tradição dos patriarcas é transmigrante, isto é, viajavam muito, mas permaneciam por algum tempo nas regiões visitadas. É difícil saber a razão dessa cultura da transmigração. Seria a busca de uma solução para a vida dura e difícil? Seria a esperança de dias melhores? A teologia bíblica sugere que isso faz parte dos mistérios da fé.
Após a chegada em Canaã, a família de Abraão foi viver na periferia das terras férteis daquela região, já naquela época extremamente cobiçada pelos povos vizinhos. A clã de Abraão não foi viver com os proprietários das terras agrícolas, mas nas regiões montanhosas que circundavam a parte fértil, criando carneiros e ovelhas. Os patriarcas viveram na instabilidade própria das estepes. De um lado, eles mostravam-se frágeis, mas na verdade eles tinham uma economia bastante estável. Não pagavam tributos aos proprietários da terra, já que as estepes não tinham valor econômico para a agricultura. Além disso, os patriarcas tinham liberdade para migrar continuamente. Eles sentiam-se livres para viver. Todavia, a liberdade e o direito de ir e vir não era total: primeiro, eles eram impedidos de viverem nas regiões agrícolas, pertencentes aos cananeus; segundo, eles precisavam de água fornecida pelos poços. Como eles viviam em áreas semi-desérticas, o poço de água era uma raridade. O poço de água constituía-se algo de grande valor para a sobrevivência dos semi-nômades e os seus rebanhos.
Dentre os costumes dos pastores semi-nômades, a Bíblia preservou uma celebração: a Páscoa. Trata-se de uma cerimônia celebrada todos os anos no mesmo período. Ela é conhecida como a cerimônia da passagem da estação da Primavera para o Verão. A razão dessa celebração está nas leis da natureza. É possível viver e cuidar do rebanho, na região das estepes, durante o Outono, Inverno e Primavera. Contudo, não é possível suportar o calor do sol de Verão que queima a pouca pastagem do semi-deserto. Daí, os pastores que vivem nessas regiões são obrigados a migrarem-se para outros lugares em busca de água e alimento. O momento crítico é o da saída. Quando os sinais da chegada do Verão se faziam presentes, numa noite, os pastores celebravam a saída, em busca de outras paragens provisórias para o sustento da vida dos familiares e os seus rebanhos. É a saída para a vida. A cerimônia principal incluía o sacrifício de uma ovelha para que ela servisse de alimento para toda a família.
Quando os pastores semi-nômades, do êxodo, alcançaram a terra de Canaã e agregaram-se aos agricultores cananeus, a celebração da Páscoa ampliou com alguns elementos agrícolas da Festa dos Pães Àzimos ou Asmos.

Por que a ausência de fermento no pão?

Primeiramente, o povo bíblico procurou explicar o motivo através da história, chamando-o "pão da pressa". Entre as mais primitivas prescrições da Páscoa está recomendado que essa refeição deve ser feita "às pressas" (Ex 12.11-12), porque foi no inesperado da calada da noite que os escravos hebreus saíram do Egito.
Em segundo lugar, a ausência de fermento no pão tem a ver com a renovação da vida. Não se pode misturar o antigo com o novo. Precisa-se criar um novo fermento que dará o sentido para a nova vida, agora, em liberdade, na terra de Javé.
A celebração da Páscoa, ao longo dos séculos, antes de Cristo, sofreu algumas alterações de caráter secundário (comparar Ex 12.1-14; 21-28; 43-51; Dt 16.1-8). Contudo, a Páscoa nunca modificou o seu sentido de memória dos grandes atos de Deus em favor do Povo, a fim de que esse gesto possa renovar a esperança daqueles (as) que estão oprimidos(as). É com essa finalidade que Jesus reuniu os seus apóstolos em torno de uma mesa para uma derradeira refeição. A frase que ficou na memória deles foi: "Fazei isso em memória de mim" (Lc 22.14-20).

Contexto semântico

O campo semântico dos temas "Quaresma e Páscoa" é vasto. Escolhemos algumas palavras para analisar, no âmbito do Antigo e do Novo Testamentos.

A) SALVAR

Salvar é um verbo central na Bíblia. A língua hebraica possui muitos verbos que ajudam a mostrar diversidade e a riqueza de significado que salvar possui no contexto bíblico. O verbo salvar tem muitos sinônimos: yasa' = salvar (Êx 1430), ga´al = redimir (Êx 6.6; Os 13.14), padah = resgatar (Êx 13.13, 15; Os 13.14), ´azar= socorrer (Js 10.6), nasal = livrar, libertar (Sl 59.2), palat = salvar (Sl 37.40). Certamente, este o quadro de palavras sinônimas mostra o grande interesse e importância que o tema salvar desempenha dentro do ensino bíblico. Todavia, o verbo yasa´ e seus derivados - hosya´ = ele salva; yesu' = salvação; mosia´= salvador - constituem-se os termos soteriológicos mais usados Biblia. É que yasa' é o verbo usado quando Javé ou o seu Ungido são referidos. Por essa razão, o seu uso não é comum fora do âmbito religioso e teológico.
O conceito "salvar", no Antigo Testamento, possui uma interessante peculiaridade. "Salvar" não carrega uma reflexão poética ou mitológica, mas tão somente um testemunho histórico da ação de Deus em favor dos homens e mulheres, enfim, do mundo. Assim, o ato salvífico de Javé é mostrado, na Bíblia, de forma bastante concreta. O povo sofrido lamenta e clama pela ajuda de Deus (Ex 3.7-22) que, em atenção a essa súplica, providencia toda sorte de auxílio: envia a resposta (Sl 20.6), liberta (Sl 71.2), abençoa (Sl 28.9), salva (Sl 37.40), faz justiça (Sl 54.1), protege (Sl 86.2) e redime (Sl 106.1) o povo que queixa. Assim, a Bíblia vê Javé como aquele que age e produz salvação no meio do povo (Sl 12.5). Por isso, Ele é designado como aquele que realiza atos salvíficos em toda a terra (Sl 74.12).
Salvador é um dos títulos mais usados no Antigo Testamento para designar Javé. O povo bíblico confessará que Javé o havia salvado (Is 17.10; 43.3; 51. 24.25). O nome do grande líder Josué afirma que "Javé é Salvador". O nome de Jesus tem esse mesmo significado (Lc 1.47)

B) DESERTO

No Antigo Testamento
A palavra deserto possui uma forte concentração de significado teológico em toda a Bíblia. Para entender o seu sentido é preciso partir do seu conceito geográfico. O deserto é, primeiramente, descrito como um lugar terrível (Dt 1.19), de estepes e barrancos, seco e escuro que ninguém atravessa e habita (Jr 2.6) e, também, ermo e solitário (Ez 6.14). Apesar dessas conotações negativas, a história salvífica de Javé teve como palco principal o deserto.
A memória do ato libertador de Javé tem o deserto como seu cenário central. A história bíblica narra que o povo israelita, sob a liderança de Moisés, caminhou por quarenta anos no deserto até chegar à Canaã, a terra que mana leite e mel (Êx 3.8). Os profetas disseram que esse foi o tempo mais fértil e significativo da história do povo bíblico (Os 2.14; 13.5-6), e a celebração da Páscoa inclui, na sua liturgia, a dramatização dos eventos do deserto (Êx 12.1-14; Dt 16.1-8).
Foi no deserto que os/as escravos/as aprenderam a viver comunitariamente e obedecer ao seu Deus. Além disso, foi no deserto que esse grupo reconheceu que não podia viver de modo egoísta e individualista, mas foi nesse austero espaço que os hebreus renderam desfrutar, de modo comunitário, da graça de Deus. Portanto, deserto é lugar de desolação, mas também da companhia de Deus (Êx 13.21); é o lugar sem fertilidade, mas foi o tempo pleno da palavra e da graça de Deus (Jr 22). No deserto, o peregrino olha para o alto e somente vê o sol escaldante; olha para os lados e somente vê areia quente. A sua única esperança é confiar em Deus. Esta, certamente, foi a experiência daquele bando escravos e escravas libertado por Deus, no Egito. Foi a partir dessa experiência que o profeta Oséias falou pedagogicamente ao povo esquecido e, conseqüentemente, desobediente, durante os dias do Reino de Israel - "Eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração" (2.14).

Novo Testamento

Na tradição pascal veterotestamentária, a celebração da Páscoa precedia o deserto. Na tradição sinótica, o deserto precede a Páscoa. O deserto marcou o início do ministério de Jesus, além de aparecer em algumas vezes história do ministério. Após o batismo, Jesus retirou-se ao deserto onde jejuou, orou e foi tentado. No deserto, após vencer a tentação, Ele foi servido pelos anjos. Deste modo, o deserto é lugar de provação e de providência divina. Diferentemente do povo de Deus na história da peregrinação no deserto, Jesus venceu, a provação e manteve-se fiel a Deus. Por isso, ele não experimentaria a morte às portas da terra prometida, como aconteceu com Moisés. Assim, junta-se deserto e ressurreição na história de Cristo, unindo batismo e eucaristia em um mesmo movimento. Batismo e deserto marcam o início do ministério de Jesus, enquanto a eucaristia e a ressurreição marcam o final.
A partir daí, a Igreja Cristã - como, por exemplo, as comunidades do Apocalipse - enxergam a sua provação como o deserto, onde as águas do dragão tentam engolir a comunidade (a provação) e o deserto engole a água (providência).

C) O NÚMER0 40

No Antigo Testamento
O povo tem tentado entender o significado dos números, porém é, provavelmente, impossível chegar a uma explicação plena e completa. Cada povo constrói uma simbologia muito própria. Portanto, não é possível explicar o significado hebraico do número 40, tomando por base o sentido egípcio ou cananeu.
O número 40, entre os israelitas, certamente, possui um significado teológico que tem sua origem na própria história do povo. É necessário lembrar que os ensinos, hinos, liturgias, ou outra expressão de comunicação, contidos na Bíblia, deverão ser vistas à luz da experiência histórica do povo. Assim deve ser visto o significado do número 40.
No Antigo Testamento, o número 40 ocorre muitas vezes relacionado a momentos significativos da história bíblica. Entre tantas ocorrências, quatro são destaques no Antigo Testamento: o período do dilúvio foi de 40 dias (Gn 7.4); os hebreus caminharam 40 anos pelos desertos até atingir Canaã (Js 5,6); a duração do bom reinado de Davi foi de 40 anos (2Sm 5.4); Elias caminhou 40 dias para encontrar com Deus no Sinai (lRs 19.8). Estas quatro ocorrências estão ligadas a eventos fundantes e significativos na história bíblica do Antigo Testamento. Não deveríamos entender o número 40 como um múltiplo de quatro? O número 4, provavelmente, tem a ver com os quatro pontos cardeais dos quais vêm os quatro ventos que abastecem a terra de oxigênio. O relato da Criação afirma que quatro rios irrigam toda a terra (Gn 2.10-12). Não estaríamos diante do símbolo da intervenção divina que renova a vida e a esperança no mundo? Por tudo isso que foi falado, acima, provavelmente, o número 40 sinaliza o início de um novo período de atividade de Deus.

No Novo Testamento

No NT, o simbolismo do número 40 continua. Por exemplo, Jesus recolhe-se no deserto por 40 dias e 40 noites (Mt 4.3; Mc 1.1; Lc 4.2). Uma outra ocorrência significativa, na vida e obra de Jesus, é mencionada por Atos dos Apóstolos: Jesus, após a ressurreição, permaneceu na terra 40 dias (At 1.3). Certamente, o número 40 lembra a difícil, mas significativa caminhada do povo de Israel no deserto.

D) PÁSCOA

No Antigo Testamento
O nome na Bíblia não é um simples rótulo que se coloca em uma pessoa ou acontecimento para torná-lo mais atraente. O nome representa a realidade profunda do ser que o conduz. Assim é a Páscoa. A palavra páscoa vem do hebraico pesah cujo significado é salto, movimento, caminhada, travessia. O nome pesah está estreitamente ligado à história dos acontecimentos que antecederam a saída dos/as escravos/as hebreus e hebréias, do Egito (Êx 12.11, 21, 27, 43, 48; 34.25), em direção à liberdade e à vida plena, em Canaã.
O termo pesah = salto, travessia, é histórico, mas ganha sentido teológico por várias razões: Deus passou ao largo das portas das casas dos/as escravos/as hebreus e hebréias, pintadas com sangue de carneiro sacrificado, e assim, livrando os filhos primogênitos da morte (Êx 12.12-13, 23); Deus fez com que esse grupo de escravos/as atravessassem os desertos para ganhar a liberdade na terra da promessa, Canaã. Por fim, Deus fez os hebreus e hebréias saltarem da escravidão para a liberdade, da angústia para o prazer de viver e da morte para a vida.
Todos esses motivos históricos levaram os descendentes desses/as escravos/as a organizarem uma celebração cúltica onde a ênfase seria lembrar os grandes atos salvíficos de Deus, em favor de seus pais que eram escravos/as no Egito. Assim, a partir da chegada a Canaã, os/as descendentes desses/as escravos/as passaram a celebrar, uma vez por a o, esse grande salto, dos hebreus, para ganhatem a liberdade. Naturalmente que o nome dessa celebração veio a ser pesah, isto é, páscoa. É suposto que, a partir da chegada em Canaã, fim do século XIII a.C., o povo hebreu celebrou a Páscoa, cuja finalidade primordial é ensinar as futuras gerações que Deus liberta e oferece vida plena a todos/as. Assim, quem celebra a Páscoa aprende que Deus não admite escravidão.

No Novo Testamento

A festa da Páscoa, no cristianismo, é um dos elementos que anuncia a origem judaica da fé cristã. É importante nesse caminho perceber que na celebração da Festa da Páscoa judaica o drama fundante da fé cristã se insere de forma decisiva.
Jesus, na condução da refeição pascal, anunciou o memorial que identificaria as reuniões dos futuros seguidores de seu movimento. A partir da páscoa judaica - providência divina e libertação - o cristianismo anuncia a redenção e a ressurreição. Embora pareçam distintos, esses termos têm profundas ligações com o sentido veterotestamentário.
A morte de Jesus, em meio às celebrações pascais, representou a vitória aparente das forças da morte. Os poderes instituídos venceram o Ungido de Deus. Contudo, a ressurreição é a resposta de Deus que anuncia a vitória definitiva da vida. Com isso, a ressurreição de Cristo representa a providência divina que salva o Ungido e o liberta, desta vez, da força da morte.
Deste modo, a Páscoa cristã relê a concepção judaica antiga, ampliando o campo da libertação para a libertação da morte. Com isso, o sentido de ressurreição do indivíduo - novidade no pensamento judaico - junta-se ao conceito de Páscoa definindo os contornos da fé cristã.

E) MEMÓRIA

No Antigo Testamento
No Antigo Testamento, encontramos dois verbos importantes para a compreensão do significado de celebração e culto: lembrar e esquecer. Evidentemente que lembrar é mais importante que esquecer. Na língua hebraica, lembrar é zakar. A ordem de Moisés aos escravos hebreus, no Egito, explica bem o valor de zakar = lembrar para aquele povo em formação: "Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saíste do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte Javé vos tirou de lá..." (Êx 13.3). Por outro do, xakah = esquecer possui o significado de apagar da memória tudo o que Deus fez em favor do ser humano e do mundo. Assim, a recomendação de Moisés transformou-se na mente que deu motivo e razão a toda festa ou celebração comunitária. Por isso a recomendação bíblica é enfática e urgente: "Lembrai-vos e não vos esqueçais" (Dt 9.7).
No Antigo Testamento, os verbos lembrar e esquecer estão muito relacionados à atuação de Deus mundo. Assim, não é encontrada indicação bíblica para que o povo lembre e celebre a data de aniversário de algum líder do povo. A recomendação bíblica é para que o povo lembre, primeiramente, dos atos salvíficos de Deus em favor de homens e mulheres ao longo da história. Ao mesmo tempo, a necessidade de uma ordem na comunidade fez com que os Líderes apelassem para que povo lembrasse dos mandamentos divinos.
A importância de lembrar é, na Bíblia, tão grande e fundamental para a existência da humanidade do povo bíblico que legisladores (Nm 15.39), historiadores (Dt 6.5-9; 26.20-24), sacerdotes (Sl 136), profetas (Jr 2.2; Mq 6.1-5), sábios (Ec 12.1) recomendavam ao povo a guardar na memória, bem como celebrar, os favores de Deus. Para a Bíblia, zakar = lembrar é criar, construir e lançar as bases de um povo, enquanto que esquecer é o mesmo que destruir e fazer morrer a esperança.

No Novo Testamento

A memória é a base da sobrevivência do povo judeu. Começando pela lembrança da criação e a conseqüente manutenção da vida por Deus, passando pelos atos do passado, que confirmam a ação de Deus em favor de seu povo e garantem o futuro escatológico, chega, inclusive, até a perpetuação do nome.
O verbo relembrar aparece poucas vezes no Novo Testamento, sendo que, nestas poucas vezes há uma maior concentração em textos litúrgicos, de modo especial nos textos eucarísticos, isto é, ligados à Celebração da Ceia do Senhor. Paulo usa esse verbo quando ele quer chamar a atenção da comunidade de Corinto sobre a tradição eucarística que ele recebeu (l Co 11.24). Na maioria dos casos, o uso do verbo está associado ao contexto veterotestamentário do relembrar para não morrer. Tanto que, mesmo no uso negativo do verbo que o livro de Hebreus faz, há diálogo com a tradição do AT. Para Hebreus (10.3), o relembrar da tradição mantém viva a consciência do pecado. Deste modo, para a epístola, o sacrifício de Jesus supera esse relembrar constante.
A tradição veterotestamentária fecunda os poucos textos do Novo Testamento, onde a maior parte aponta para a importância do memorial pascal e da própria pessoa de Cristo e se tornam em sinalização presente dos atos salvíficos de Deus. A pessoa de Cristo e o Espírito Santo se tornam em atualização constante da memória salvífica.

F) OVELHA, CARNEIRO

No Antigo Testamento

Entre os elementos da refeição pascal, a carne animal é, no Antigo Testamento, a mais constante, em todas as prescrições. O animal que fornece a carne para o sacrifício pascal é o kebes ou keseb cordeiro macho. A literatura do Antigo Testamento mostra que esse anima era muito querido pelo povo bíblico, por várias razões: (a) o kebes = carneiro era considerado o animal doméstico mais popular, por Israel e os povos vizinhos; (b) em Israel era proibido castra-lo ou mesmo adquiri-lo estéril de outros povo: (Lv 22.24-25); (c) não é por acaso que a legislação determinava o carneiro como animal mais desejado para o sacrifício (Êx 125); (d) ele é usado metaforicamente para exaltar a afetividade entre o ser humano e o animal (2Sm 12,3) que dá força coragem ao pastor para defendê-la do perigo (l Sm 17.34; Ez 34.1-31). Por essas razões, Israel era comparado a uma ovelha desgarrada (Sl 119.176). Contudo, o exemplo mais claro encontra-se no 4º canto do Servo de Javé (Is 52.13-53.12), quando, numa riquíssima metáfora, o povo exilado na Babilônia é comparado a uma inocente ovelha (Is 53.7).
A razão do grande carinho do povo bíblico pelo carneiro ou a ovelha tem um motivo histórico. Inicialmente, Israel foi um povo das estepes que circundavam as cobiçadas regiões agrícolas; após a chegada a Canaã, o povo bíblico alcançou as montanhas da Palestina (Jz 1.19, 27-29), e somente, mais tarde, é que eles conquistaram as planícies, tornando-se agricultores. Assim, o carneiro e a ovelha fizeram parte da história do povo bíblico nas duas primeiras fases de sua vida. Além de alimentar e proteger o povo do frio, esse animal era o símbolo da mansidão.

No Novo Testamento

O Novo Testamento usa o termo cordeiro poucas vezes. A partir da tradução da Bíblia Hebraica para o grego, (Septuaginta), há uma distinção entre a ovelha (próbaton) e cordeiro (amnós). Amnós designava o cordeiro de um ano. Essa condição era requerida para o sacrifício expiatório da tradição veterotestamentária. O cristianismo em seus escritos canônicos usa a figura do cordeiro para explicar a morte de Jesus. Ele aparece como o cordeiro que redime todo o povo (Jo 1.29-34; I Pd 1.19).
Com isso, o escândalo da cruz ganha um sentido teológico de expiação do pecado. Jesus, com sua morte, assumiu o papel de cordeiro que, mediante o sangue, expia o pecado. Esse sentido vicário surge como uma releitura do impacto negativo que a cruz causou na comunidade (que Paulo define com o termo escândalo).

G) REFEIÇÃO PASCAL

No Antigo Testamento

As prescrições para a refeição pascal não são uniformes e fáceis de compreendê-las na ordem cronológica. Todavia, tomemos uma das reportagens encontradas no Antigo Testamento (Êx 12.1-14) para esboçar a qualidade da refeição pascal.
Provavelmente, este texto contém alguns elementos primitivos dessa celebração. Primeiro, o sacrifício da ovelha deveria ser realizado no crepúsculo do dia 14 do 1º mês do ano. Segundo, o animal a ser sacrificado deveria estar escolhido e separado a partir do dia 10. Terceiro, a oferta deveria ser comida por todos os membros da família, bem como dos vizinhos e amigos convidados. Quarto, o animal deveria ser escolhido do rebanho jovem de carneiro, não devendo apresentar qualquer defeito ou mancha. Quinto, o sangue do carneiro deveria ser passado nas portas e nas travessas das casas. Sexto, a carne do carneiro sacrificado deverá ser assada no fogo e comida, à noite, acompanhada de pães ázimos e ervas amargas. Sétimo, era proibido comer carne crua ou cozida na água, bem como algumas partes do animal, como a cabeça, as vísceras e as pernas. Oitavo, toda a refeição prescrita deveria ser comida apressadamente, numa atmosfera de dramatização, isto é, com lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Nono, as ofertas deveriam ser comidas dentro da casa, até o alvorecer. O que restasse dessa refeição deveria ser totalmente queimada.
De tudo o que foi esboçado, a partir do relato de Êxodo 12.1-14, algumas conclusões ficam salientes: (1) essa liturgia pascal quer destacar a importância da família para a sobrevivência futura do povo bíblico; (2) o valor da mesa de refeição não é somente para o alimento físico, mas também serve para o fortalecimento dos laços comunitários e com Deus; (3) essa reunião destinava-se manter viva a memória de libertação do povo, através da dramatização dos fatos ocorridos durante o processo de fuga da escravidão egípcia.

No Novo Testamento

A refeição comunitária é um dos elementos importantes na fé israelita. Na fé veterotestamentária, ela define etnia e família. Por isso, era uma questão complicada para um judeu a refeição com um não judeu. O cristianismo conservou esse elemento importante da fé cristã, mas dando-lhe um sentido mais amplo, onde a refeição definia o povo de Deus, que não era retratado nem sanguineamente e nem geograficamente, mas sim pelo conceito da confissão de fé (aqueles que fazem a vontade de meu Pai).
Nos eventos pascais que marcaram a paixão de Cristo, a refeição inicia e conclui o drama. Antes da prisão, Jesus come a refeição pascal com seus discípulos e institui o memorial da Páscoa. Após a ressurreição, Jesus revive a refeição pascal, comendo com os discípulos (Lc 24,30ss; Mc 16.14).

H) RESSURREIÇÃO

O conceito de ressurreição é um conceito muito tardio na fé judaica. Alguns profetas anunciaram a ressurreição do povo como uma expectativa de redenção do povo. A ressurreição do indivíduo só vai aparecer no pensamento judaico a partir do 2º século a.C. É uma das expectativas importantes que irá fecundar o pensamento apocalíptico, que surge nesse período. Deste modo, soma-se a ressurreição dois outros importantes temas teológicos: fé em um mundo vindouro, que significaria a intervenção definitiva de Deus na história humana e o julgamento escatológico, onde os bons serão punidos e os injustos serão condenados.
No conceito de ressurreição, mais do que a vitória definitiva da vida sobre a morte, aparece o conceito da justiça divina que será exercida no momento da implementação definitiva do Reino de Deus (Reino da Justiça). É comum nos extratos mais antigos do Novo Testamento o uso do verbo levantar (egeiro) no passivo, demonstrando com isso a ação divina na salvação de Jesus da morte. Este sentido é, também, aplicado a comunidade cristã a qual participa da morte e, conseqüentemente, da ressurreição de Jesus.

I) JEJUM

Jejum - na língua hebraica sum - é a abstenção de alimento por um espaço de tempo. O jejum era um elemento da prática religiosa israelita. Todavia, ele era também praticado por pessoas de muitas religiões antigas. No Antigo Testamento, o jejum tem alguns objetivos:
1. ele sinaliza o pesar de alguém, em vista do falecimento de um ente querido (lSm 31.13; 2 Sm 1.12; 3.35) ou de um desastre nacional (Ne 1.4);
2. ele mostra o sentimento de arrependimento de alguém, por um gesto indevido. Essa atitude de arrependimento caracteriza-se como um gesto de auto-humilhação (Ne 9.1-3; Jr 14.12; Jl 1.14; S1 35.13-14);
3. o jejum é um exercício de fé destinado a chamar a atenção de Deus, em vista de um perigo iminente (2Sm 12.16-25; Jr 36.9; Jn 3,5);
4. o jejum acontece quando alguém tem que tomar uma decisão difícil ou iniciar uma missão importante e espinhosa (Et 4.16). A prática do jejum não teve, na Bíblia, aprovação unânime do povo. Alguns profetas criticaram a prática do jejum, porque ele tinha se tornado um rito meramente externo sem sentimento interior (Is 58.1-14; Jr 14,2; Zc 7.1-7). Após a destruição de Jerusalém (587 a.C.) e o exílio na Babilônia, houve uma enorme valorização da prática do jejum.
No Novo Testamento, o jejum é pouco citado, provavelmente em razão da excessiva valorização dada pelos fariseus. Jesus mostrou-se indiferente quanto ao jejum (Mt 6.16-18; Mc 2.18-20), mas não o excluiu (Mt 4.1-11). Antes, sugere que ele seja praticado às ocultas, em casa, para que ele não se torne um meio de promoção pessoal. A Igreja Primitiva adotou o jejum (At 13.2-3; 14.23) como preparação para a escolha de seus líderes, mas nas cartas dos apóstolos, o jejum não é mencionado.
A celebração da Páscoa, ao longo dos séculos, antes de Cristo, sofreu algumas alterações de caráter secundário. Contudo, a Páscoa nunca modificou o seu sentido de memória dos grandes atos de Deus em favor do Povo, a fim de que esse gesto possa renovar a esperança daqueles (as) que estão oprimidos(as).

O Que Significa Quaresma Para O Evangélico?


O Que Significa Quaresma Para O Evangélico? | Noticia Evangélica Gospel

Pergunta: Qual o Significado, o que Significa Quaresma para os Evangélicos?

Resposta: Quaresma é o período de jejum e arrependimento tradicionalmente observado pelos católicos e algumas denominações protestantes, em preparação para a páscoa. A duração do jejum da quaresma foi estabelecida no século IV, como de 40 dias. Durante este período, os participantes comem muito pouco, ou simplesmente deixam de comer algum tipo de comida ou deixam de praticar alguma ação habitual. A quarta-feira de cinzas e a quaresma iniciaram como uma forma de os católicos lembrarem-se do arrependimento de seus pecados, de forma parecida com as pessoas no Velho Testamento, que se arrependeram em panos de saco, cinzas e jejum (Ester 4:1-3; Jeremias 6:26; Daniel 9:3; Mateus 11:21).
Contudo, através dos séculos, valores muito mais “sacramentais” foram se desenvolvendo. Muitos católicos entendem que, deixar de fazer algo na quaresma é uma maneira de ganhar a bênção de Deus. A Bíblia não ensina que tais atos alcancem qualquer mérito junto a Deus (Isaías 64:6). De fato, o Novo Testamento nos ensina que nossos atos de jejum e arrependimento devem ser praticados de forma que não atraiam atenções sobre nós: “E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mateus 6:16-18).
O jejum é algo bom quando feito sob a ótica bíblica. É bom e agradável a Deus quando abandonamos hábitos e práticas pecaminosas. Não há absolutamente nada errado em guardar um tempo no qual vamos nos concentrar apenas na morte e ressurreição de Jesus. Entretanto, estas “práticas” são coisas que devemos fazer todos os dias do ano, não apenas nos 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa. Se você se sente movido por Deus para observar a quaresma, seja livre para fazê-lo. Mas certifique-se de que irá se concentrar em seu arrependimento dos pecados e consagração a Deus, não em tentar ganhar de Deus favor ou aumentar o Seu amor por você!
Fonte: Estudos Gospel

4 de fevereiro de 2013

As Entidades do Carnaval, e o Culto Prestado à Satanás


"Então Jesus o ordenou : Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao SENHOR, teu Deus, adorarás, e só a ELE darás culto. Com isto o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram. Mais um ano se inicia, e mais uma vez nosso País se prepara, para durante quatro dias cultuar Satanás, reafirmando a entrega do mundo ao maligno e afrontar ao único e verdadeiro DEUS." Mateus.4:10-11


Carnaval segundo a Enciclopédia Barsa: Conceito e origem.


O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou. O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
A própria origem do carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio - o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.

Satanás e tão astuto que traz para todas as culturas e povos um modo de ser adorado, e ainda mais, faz com que ações sejam tomadas para afirmar sua posse sobre a terra (Mt. 4:8 e 9). Para entendermos um pouco mais, vamos até a raiz do mau, para termos esclarecimento de toda artimanha bolada pelo inimigo: Os povos pagãos antigos homenageavam seus deuses greco-romanos em grandes festas. Entre elas, existiam as saturnias (para o deus Saturno) e os bacanais (para o deus Baco, na mitologia romana, conhecido também como Dionísio, na mitologia grega). Essas comemorações, geralmente realizadas em novembro e dezembro, eram regadas a muito vinho e com direito a orgias diversas.

Nos primeiros séculos a Igreja Católica não tinha expressão dentro do mundo greco-romano. Somente no século 4, o imperador Constantino publica o Edito de Milão (313 d.C.), que torna o catolicismo a religião oficial do Império e proíbe a perseguição de cristãos. A partir do século 4, a Igreja cria uma estrutura mais forte e elabora um cronograma oficial para as festas litúrgicas Natal, Quaresma e Páscoa dentro do calendário Juliano.

Como a Igreja pautava-se nos padrões éticos e morais, não permitia uma série de coisas na Quaresma, como a realização de bacanais e saturnias. Então, as pessoas passaram a aproveitar o último dia antes do início da Quaresma para fazer tudo a que tinham direito. O carnaval é realizado justamente neste período e remonta as características das festas pagãs.
Vários estudiosos já tentaram explicar a origem da palavra carnaval. Entre as aceitas está carnelevale, do dialeto milanês, que significa tempo em que se tira o uso da carne. O carnaval é propriamente a noite anterior à Quarta-feira de Cinzas, quando começa o período de abstenção de carne, por parte dos religiosos.

Sabemos que com Constantino ( Imperador Romano que se converteu ao cristianismo para não perder o controle do Império), veio todo o tipo de abominação e idolatria para dentro da Igreja, e se misturou ao culto Cristão formas de adoração pagã. Satanás usou esse imperador Romano, ambicioso e idólatra, para ter uma porta aberta para desviar o culto prestado ao único DEUS e leva-lo a ser prestado aos "santos", que na verdade, são castas de demônios, principados e potestades que se encontram por de traz de cada imagem, e que na verdade estão recebendo aquele culto dito Cristão.

Ao pesquisar mais sobre a origem do carnaval, descobri que antes das Saturnálias (Romanas), no Egito, no período da estação do outono realizava-se a festa do boi Apis (animal sagrado). Escolhia-se o boi mais belo e todo branco o qual era pintado com várias cores, hieróglifos e sinais cabalísticos (branco significa pureza, então, pintar o boi significa torná-lo impuro). O boi era conduzido pelas ruas, e levado até o rio Nilo, onde era afogado. Em procissão, sacerdotes, magistrados, homens, mulheres e crianças, fantasiados grotescamente, iam atrás dele (o boi) dançando, cantando em promiscuidade até seu afogamento.
Na mitologia Grega, Júpiter, se fez passa por um boi, seduziu a princesa Europa e a conduziu para o mar até uma praia deserta onde à possuir.

É fato que os relatos estão entrelaçadas, pois os demônios que atuavam no Egito em forma de deuses, são os mesmos que atuaram na Grécia, em Roma e em Babilônia. Mas as Saturnálias são as comemorações carnais, que mais se assemelham ao carnaval do Brasil.
A Saturnália iniciava-se com César, escolhendo o soldado mais belo, para coroa-lo rei durante os quatro dias do festejo. Esse rei era chamado de Momo. Durante seu reinado era praticado, sobre o seu comando, todo tipo de glutonaria, bebedeira e lasciva, no término das festividades, ou seja no final do quarto dia, o rei Momo era sacrificado de forma brutal no altar de Saturno.

Quem afinal é a entidade Momo?

Momo era o deus da irreverência, foi expulso do Olimpo (local onde acreditava-se morar os deuses da mitologia Grega). Mas porque afirmar que essa entidade, era cultuado em Roma se a sua origem é Grega? Momo é uma das formas de Dionísio, o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo (para os Romanos). Saturno também é conhecido como o deus sol. Isso nos faz retroceder bem antes da época dos reinados Romano, Grego e Egípcio, nos levando até um homens chamado Ninrode (Gênesis,10:8 à 12). O princípio do reino de Ninrode foi Babel. Babel nos faz lembrar da torre, derrubada por DEUS, e o surgimento de várias línguas (Gênesis,11:1 à 9). Pois Ninrode e seu povo decidiram levantar uma torre, no intento de tocarem o céu, para levantarem seu nome. Desejaram o mesmo que Lúcifer desejou, colocar seu nome acima do nome do único DEUS. A essência da atitude de Ninrode e seu povo é: Nós somos poderosos na terra e também seremos poderosos nos céus. Não haverá ninguém como nós. Mas o SENHOR destruiu todo esse intento, e colocou um nome acima de todo nome, o nome de Jesus. Essa torre representa a declaração de que: Nós entramos nos céus, nós dominamos os céus, nos tornamos poderosos na terra e nos céus.

Ninrode foi o homem que com seu poder, deu início a uma civilização chamada Babilônia. Localizaremos em Babilônia o início de todas as profanações, todo os cultos a outros deuses. Ali, milhares de deuses eram cultuados, mas Javé o verdadeiro DEUS não era cultuado.
Quando Ninrode morre, sua mulher, Semirames, declarou que Ninrode era o deus sol e seu filho Tamus era a reencarnação de Ninrode, ou seja, Tamus era o deus sol encarnado. Daí vem toda idolatria e cultos prestados perante imagens. Após isso surge um império chamado Romano, que nada mais é que a continuação de todos os feitos de Babilônia. Algo muito venerado no Imp. Romano, são as relíquias, quanto maior o número de relíquias há em um determinado lugar, mais sagrado ele se torna. A maioria das relíquias do Imp. Romano, vieram de Babilônia e posteriormente introduzidas no culto Cristão.

Existe, até os dias de hoje, na praça de São Pedro em Roma, um obelisco, que é uma representação de torre ou talus (órgão sexual masculino), que foi trazida pelo Imperador Romano Calígula, conhecido como o mais devasso e cruel dos Imperadores Romanos, e colado naquele local. Onde o rei Momo ou a representação carnal dele era sacrificado a Saturno (deus sol). Esse obelisco foi o mesmo levantado por Semirames para que todo o povo de Ninrode, prestasse culto ao deus sol.
Nos dias de hoje, antes do carnaval é feita uma eleição, e é escolhido um homem, que é coroado rei, para reinar e comandar os dias da festa, que é chamado rei Momo. Afirmo que é a mesma festa que acontecia no passado, com algumas mudanças estratégicas feitas por Satanás. Já que nos dias de hoje não seria aceitável o sacrifício do representante de Momo, Satanás troca essa vida (o sacrifício do rei Momo) pela vida de todos os que são brutalmente assassinados no período do carnaval.
Mas após ser coroado, essa representação da entidade maligna, Momo, Baco, Dionísio, Saturno, deus sol (Ninrode, Tamus), recebe das mãos do prefeito da Cidade ou da autoridade máxima daquela Cidade, Estado ou País, as chaves da cidade. Este ato de entrega das chaves, no mundo espiritual tem uma repercussão devastadora, pois chave na Bíblia significa poder, autoridade, domínio, ligar, desligar e abrir e fechar. Isaías 22:22, Apocalipse, 1:18, 3:7, 9:1 e 20:1. Mateus, 16:19

"Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céu; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus."

Após o Espírito do SENHOR, conduzir-me até esse versículo, foi-me dado o entendimento de que: Ao receber as chaves da cidade, espiritualmente, ocorre o mesmo que está descrito no versículo, mas de maneira que, os demônios que comandam o carnaval, ligam espiritualmente os foliões ao inferno.
Por séculos e séculos, Satanás corrompeu a Igreja, para por em prática seus planos, dentre eles de ser cultuado livremente no período dos festejos de carnaval, com a aceitação das autoridades políticas e religiosas que dominam.

SENHOR nos trousse esse esclarecimento, para que não façamos parte desse festejo, pois há igrejas evangélicas, que neste período, saem em blocos pelas ruas, entoando cânticos em ritmo de samba e marchinhas, imitando o fundamento dos blocos carnavalescos, com o intuito de evangelizar. Não estou afirmando, que esses irmãos estão fazendo isso de caso pensado, com alguma malícia, mas estão sendo enganados, e mesmo evangelizando, estão levando a Igreja a participar desde festejo maligno. Nosso DEUS, é muito criativo, ELE nos dará a direção, para garimparmos vidas neste período sem precisarmos imitar a festa de Satanás.

Vejamos o que a Bíblia diz, sobre quem, e o que, devemos imitar:


  • "Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores." I Coríntios 4:16
  • "Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo." I Coríntios 11:1
  • "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;" Efésios 5:1
  • "Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam." Filipenses 3:17
  • "E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo,"  I Tessalonicenses 1:6
  • "Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que, na Judéia, estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles," I Tessalonicenses 2:14
  • "Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas."  Hebreus 6:12

Por Fabiano Moura

O que diz a Palavra sobre o Carnaval



Antes de mais nada, gostaria de trabalhar a palavra 'Carnaval' e depois meditarmos dentro da ótica bíblica.

 Origem e antiguidade clássica. A origem do carnaval é também objeto de controvérsia, mas tem sido freqüentemente atribuída à sobrevivência e evolução do culto de Ísis, das bacanais, lupercais e saturnais romanas, das festas em homenagem a Dioniso, na Grécia, e até mesmo das festas dos inocentes e dos doidos, na Idade Média. Por sucessivos processos de deformação e abrandamento, essas festas teriam dado origem aos carnavais dos tempos modernos, como os que se realizam em Nice, Paris, Roma, Veneza, Nápoles, Florença, Munique e Colônia. Independentemente de sua origem, é certo que o carnaval já existia na antiguidade clássica e até mesmo na pré-clássica, com danças ruidosas, máscaras e a licenciosidade que se conservam até a época contemporânea.

Idade Média.

A Igreja Católica, se não adotou o carnaval, teve para com ele alguma benevolência. Tertuliano, são Cipriano, são Clemente de Alexandria e o papa Inocêncio II foram grandes inimigos do carnaval mas, no século XV, o papa Paulo II foi muito mais tolerante e chegou a autorizar o uso da Via Lata, diante de seu palácio, como palco do carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, batalhas de confetes, corrida de corcundas, lançamento de ovos e outros folguedos populares'.

Ótica na Palavra de Deus

Falar contra o carnaval é enfrentar a correnteza rio acima. É uma pena que o aspecto cultural dos desfiles está tomado pela exploração do sexo. O ritmo diferente e contagiante do samba, as alegorias e representações da história e da cultura brasileira, poderiam ser exportados para o benefício do país. Mas...
 
Dizem que carnaval é alegria do povo, expressão da cultura e folclore popular. Se fosse só isto, o Salmo 150 até poderia ser um convite para esta festa: 'louvem o Eterno com pandeiros e danças'. Mas a euforia do carnaval desde sua origem até nossos dias tem mostrado que o melhor mesmo é ser contagiado pela tristeza pois este sentimento ao menos pode levar a Deus.
 
Dedicado ao Momo, deus da mitologia grega que representa a zombaria e o sarcasmo, o carnaval brasileiro debocha dos princípios morais de maneira escandalosa. Apoiada pela televisão sem nenhuma ou pouca censura, a 'festa da globeleza' alimenta a tara sexual e faz o governo distribuir gratuitamente camisinhas aos foliões com o dinheiro dos contribuintes fiéis às suas esposas. Nos Estados Unidos, onde a liberdade de imprensa é constitucional, e quase cada cidadão sabe na ponta da língua a emenda número um, que define a liberdade de expressão, há formas e conteúdos de programas e comerciais que são regulados pelo FCC (equivalente ao nosso Ministério das Comunicações). Isso está baseado em teorias de comunicação comprovadas por pesquisa, no que diz respeito ao impacto dos meios de comunicação de massa, particularmente da TV.
 
Algumas dessas teorias são: A teoria da Decensitização, do Uso e Gratificações, de Influências Seletivas, de Acumulação de Mínimos Efeitos, e outras. Propagandas de cigarro e bebidas alcoólicas não estão na programação das grandes redes nacionais de sinal aberto. E o clip de chamada do carnaval, com a 'globeleza,' nem pensar. E olha que nos EUA, como em todo o lugar, o sistema de comunicação está 'assim' com o poder econômico .
 
Na verdade o cristão tem motivos de sobra para se alegrar 'porque a vida sempre é agradável para as pessoas que têm um coração alegre' (Provérbios 15:15). É uma alegria que vem da fé num Deus vivo e não num deus morto (Momo é um deus morto que conforme a mitologia foi expulso do Olimpo para ser na Terra o rei dos loucos). Já dizia a Bíblia que os loucos pecam e não se importam (Provérbios 14:9). Por ser o carnaval uma reedição moderna das religiões pagãs e um convite à promiscuidade, por ser uma festa que destrói o casamento e a família, por ser um 'louvor à carne' que antecede à festa da Páscoa ofendendo o único Deus que se fez homem, morreu e ressuscitou para oferecer a alegria que não acaba, certamente o cristão tem outros motivos para festejar 'com pandeiros e danças'. Além de ser algo saudável para a sua fé, é um testemunho para este mundo infeliz que tanto Deus ama.

Por Pr. Norberto Carlos Marquardt


 

A Origem do Carnaval


O Carnaval, essa festa que arrebata multidões para as ruas, promove desfiles suntuosos, comilança, excessos em geral e também muita violência, liberalidade sexual etc. Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se esbaldar com comidas e festa antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma. 
 
Veja o que a The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 nos diz a respeito:

"O Carnaval é uma celebração que combina desfiles, enfeites, festas folclóricas e comilança que é comumente mantido nos países católicos durante a semana que precede a Quaresma. Carnaval, provavelmente vem da palavra latina "carnelevarium" (Eliminação da carne), tipicamente começa cedo no ano novo, geralmente no Epifânio, 6 de Janeiro, e termina em Fevereiro com a Mardi Gras na terça-feira da penitência (Shrove Tuesday)." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

Em contra partida vemos que isso era apenas um pretexto para que os romanos e gregos continuassem com suas comemorações pagãs, apenas com outro nome, já que a Igreja Católica era quem ditava as ordens na época e não era nada ortodoxo se manter uma comemoração pagã em meio a um mundo que se dizia Cristão.
 
"Provavelmente originário dos "Ritos da Fertilidade da Primavera Pagã", o primeiro carnaval que se tem origem foi na Festa de Osiris no Egito, o evento que marca o recuo das águas do Nilo. Os Carnavais alcançaram o pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto com a Bacchanalia Romana e a Saturnalia. Durante a Idade Média a Igreja tentou controlar as comemorações. Papas algumas vezes serviam de patronos, então os piores excessos eram gradualmente eliminados e o carnaval era assimilado como o último festival antes da ascensão da Quaresma. A tradição do Carnaval ainda é comemorada na Bélgica, Itália, França e Alemanha. No hemisfério Ocidental, o principal carnaval acontece no Rio de Janeiro, Brasil (desde 1840) e a Mardi Gras em New Orleans, E.U.A. (dede 1857). Pré-Cristãos medievais e Carnavais modernos tem um papel temático importante. Eles celebram a morte do inverno e a celebração do renascimento da natureza, ultimamente reunimos o individual ao espiritual e aos códigos sociais da cultura. Ritos antigos de fertilidade, com eles sacrifícios aos deuses, exemplificam esse encontro, assim como fazem os jogos penitenciais Cristãos. Por outro lado, o carnaval permite paródias, e separação temporária de constrangimentos sociais e religiosos. Por exemplo, escravos são iguais aos seus mestres durante a Saturnália Romana; a festa medieval dos idiotas inclui uma missa blasfemiosa; e durante o carnaval fantasias sexuais e tabus sociais são, algumas vezes, temporariamente suspensos." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)
 
A Enciclopédia Grolier exemplifica muito bem o que é, na verdade, o carnaval. Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã, assim como fizeram com o Natal. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia Grega Dionísio era o deus do vinho e das orgias. Veja o que The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 diz a respeito da Bacchanalia, ou Bacanal, Baco e Dionísio e sobre o Festival Dionisiano:
 
"O Bacanal ou Bacchanalia era o Festival romano que celebrava os três dias de cada ano em honra a Baco, deus do vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou sua proibição em 186 dC." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

Essa descrição da Bacchanalia encaixa como uma luva em Carnaval
 
"Da Mitologia Romana, Baco era o Deus do vinho e da orgia. O filho de Semele e Júpiter, Baco era conhecido pelos gregos como Dionísio. Sua esposa era Ariadine."

"Dionísio era o antigo deus grego da fertilidade, danças ritualísticas e misticismo. Ele também supostamente inventou o vinho e também foi considerado o patrono da poesia, música e do drama. Na lenda Órfica Dionísio era o filho de Zeus e Persephone; em outras lendas, de Zeus e Semele. Entre os 12 deuses do Monte Olimpo ele era retratado como um bonito jovem muitas vezes conduzido numa carruagem puxada por leopardos. Vestido com roupas de festa e segurando na mão uma taça e um bastão. Ele era geralmente acompanhado pela sua querida e atendido por Pan, Satyrs e Maenades. Ariadine, era seu único amor."

"O Festival Dionisiano era muitas vezes orgíaco, adoradores algumas vezes superavam com êxtase e entusiasmo ou fervor religioso. O tema central dessa adoração era chamado Sparagmos: deixar de lado a vida animal, a comida dessa carne, e a bebida desse sangue. Jogos também faziam parte desse festival." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

O Festival Dionisiano então, não parece ser a mesma coisa que a Bacchanalia e o Carnaval?
 
Nós, os Cristãos, não devemos concordar de modo algum com essa comemoração pagã, que na verdade é em homenagem a um falso deus, patrono da orgia, da bebedice e dos excessos, na verdade um demônio. Pense nisso.

Autor: Irlan de Alvarenga Cidade